Ainda no começo de junho, o prefeito de Corumbá, Marcelo Iunes, solicitou ao governador Eduardo Riedel ações mais efetivas para combater os incêndios na região do Pantanal. Até aquele período, os focos se concentravam em regiões mais distantes da área urbana. Com as condições climáticas desfavoráveis – de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia, a última chuva com volume significativo em Corumbá ocorreu em 11 de abril – o fogo se aproximou da cidade e a densa fumaça afetou a população local.
“Infelizmente, as queimadas começaram bem antes do normal aqui em Corumbá. Geralmente, esse período críticoa ocorre entre agosto e setembro, mas nesse ano já tivemos esse problema sério agora em junho. Por isso precisamos de um trabalho rápido e conjunto do Governo do Estado e do Governo Federal para amenizar essa situação e para preservar nosso bioma”, afirmou o chefe do Executivo corumbaense.
De 1° janeiro até 24 de junho, o Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (INPE) detectou 2.220 focos na região. Até ontem, 24, foram 1.893 focos identificados só neste mês de junho, sendo 231 nas últimas 48 horas. Diante do cenário preocupante, o prefeito destacou o trabalho realizado pelas equipes do PrevFogo, do Corpo de Bombeiros e da Marinha, mas cobrou mais estrutura para que o combate às chamas seja eficaz.
“Quero inclusive parabenizar esses profissionais da linha de frente. Quase sempre, eles enfrentam situações praticamente impossíveis de apagar o fogo. Por isso é preciso de mais estrutura e equipamentos nessa missão. Esse decreto de Situação de Emergência (assinado na segunda-feira pelo governador Eduardo Riedel) foi um passo importante, mas não pode parar por aí”, completou Marcelo Iunes.
Prefeitura de Corumbá
A Prefeitura de Corumbá, por meio da Fundação de Meio Ambiente do Pantanal, esclarece que possui atribuições específicas e área de atuação limitada nessa questão dos incêndios florestais. “Primordialmente, é importante destacar que a Fundação de Meio Ambiente do Pantanal atua, principalmente, na fiscalização e na educação ambiental, na área urbana de Corumbá, em relação as queimadas urbanas”, explicou a diretora-presidente Ana Cláudia Boabaid.
“Porém, durante o ano nos reunimos com o Corpo de Bombeiros para o alinhamento e ciência de estratégias de combate aos incêndios florestais, na vasta região do Pantanal de Corumbá, trabalhando em parceria com o órgão responsável dentro das nossas possibilidades. Contamos com uma equipe dedicada à educação ambiental, cuja missão é conscientizar a população sobre a importância da preservação do meio ambiente e as práticas adequadas para evitar queimadas”, reforçou a responsável pela Fundação de Meio Ambiente, que complementou:
“Embora não sejamos responsáveis pelo combate direto às queimadas no Pantanal, estamos preparados para auxiliar e atender os animais silvestres resgatados dessas áreas afetadas, dispomos de infraestrutura para oferecer os primeiros cuidados emergenciais aos animais feridos”.