Somente em duas ações de combate à dengue, realizadas no bairro Guatós, a Prefeitura de Corumbá recolheu 348 toneladas de materiais que tinham potencial criadouro para o mosquito Aedes aegypti – que além da dengue, também transmite zika e chikungunya. O esforço combinado reuniu equipes das Secretárias de Saúde e de Infraestrutura e Serviços Públicos.

O Município segue com medidas para conter a disseminação da doença. São rotineiras as visitas domiciliares com inspeção e tratamento de caixas d'água; realização de bloqueio químico com inseticida; além de ações educativas para conscientizar a população sobre a importância da participação de todos nas ações de combate e prevenção à doença.

Toda essa ação visa eliminar do interior dos imóveis existentes na cidade, pequenos depósitos móveis, vasos e pratos de plantas, frascos com plantas, bebedouros de animais, pneus e outros materiais rodantes, bem como lixo diverso, como recipientes plásticos, latas, sucatas e entulhos. Tudo isso é apropriado para proliferação do mosquito da dengue.

Paralelo a todo esse serviço, a Secretaria Municipal de Saúde de Corumbá acompanha o quadro epidemiológico de dengue no município. O período de Carnaval, que se aproxima, e abertura da temporada de pesca são eventos que trarão maior fluxo de pessoas à cidade. O monitoramento diário trouxe a confirmação de dengue tipo 3, variante grave, que não era registrada há mais de 15 quinze anos na cidade. Diante do exposto, e por se tratar de uma questão de saúde pública, é imperativo o envolvimento de diversos setores para o planejamento e execução de estratégias eficazes no combate ao Aedes aegypti, visando o controle da epidemia e a prevenção de óbitos.

Levantamento de Índice Rápido

O 1° Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), realizado no período de 06 a 10 de janeiro de 2025, pela Secretaria Municipal de Saúde, mostrou que Corumbá apresenta índice de infestação do mosquito Aedes aegypti de 4,40%. O aceitável pelo Ministério da Saúde é de até 1%.

Os bairros com maiores indicadores são Guatós (14,42%); Nova Corumbá (10,79%) e Jardim dos Estados (8,06%). O depósito predominante para a larva do mosquito transmissor da dengue, zika, chikungunya (arboviroses) é o reservatório do tipo A2 – caixas d’água em nível de solo.