O município de Corumbá dará início, nos próximos dias, à construção do Centro de Reabilitação de Animais Silvestres do Pantanal, já batizado de Creapan, que funcionará nos moldes do Cras de Campo Grande no atendimento aos animais feridos, resgatados ou apreendidos na região. A construção do Centro será possível graças ao convênio assinado na tarde dessa terça-feira (25) entre o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, e o prefeito de Corumbá, Marcelo Iunes, que garante o repasse de R$ 4.164.418,83 ao município para execução da obra.

“É mais uma ação importante na preservação da biodiversidade de Mato Grosso do Sul, fazendo um atendimento direto à região do Pantanal através de uma parceria da Prefeitura de Corumbá com o Governo do Estado. Acredito que nós estamos avançando nas políticas públicas ambientais e sempre em parceria. Neste ano avançamos muito na questão de combate a incêndios florestais com apoio dos produtores e brigadistas e em parceria com o Ibama e o Corpo de Bombeiros. E agora concretizamos esse convênio que o governador Eduardo Riedel já tinha anunciado há dois ou três meses lá no município de Corumbá e hoje ocorre a efetivação para o repasse de recursos, para que o prefeito possa licitar e executar essa obra”, disse Verruck.

Na visão do prefeito Marcelo Iunes, trata-se de uma obra emblemática para Corumbá, município que está 100% localizado no Pantanal. Ele destacou os esforços do governador Eduardo Riedel e do secretário Jaime Verruck na efetivação do convênio para construir o Centro, obra há muitos anos planejada e prometida, porém nunca realizada.

“Agora com assinatura do convênio, já vamos mandar para licitação e torcer que o ganhador comece a obra o mais rápido possível. Como hoje essas construções são feitas com pré-moldado, tenho esperança que até começo do ano que vem, se Deus quiser, a gente já tenha funcionamento nosso Creapan. Como disse, é muito importante para nós”, reiterou.

A assinatura do convênio se deu na sala de reuniões da Semadesc e estavam presentes, também, o diretor presidente do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), André Borges, e a diretora-presidente da Fundação de Meio Ambiente de Corumbá, Ana Cláudia Moreira Boabaid. Ela explicou que, atualmente, há uma estrutura bastante simples utilizada para recepcionar animais capturados ou levados voluntariamente por populares à Fundação.

“Hoje a gente não tem estrutura para fazer tratamento. Quando as veterinárias analisam e veem que têm condições de soltura, ele (o animal) é solto imediatamente. Mas se for alguma coisa grave é encaminhado ao Cras aqui em Campo Grande. Se a gente for analisar, muitos não aguentam viajar 423 quilômetros, então chegam num estado crítico. Com esse centro a gente vai poder estabilizar esses animais, poder tratar e até mesmo num caso muito grave de uma cirurgia que a gente não consiga fazer, pode ser transportado com mais chances de sobrevivência para o Cras de Campo Grande”, afirmou Ana Cláudia.

Conforme o projeto, o Creapan deve conter os recintos de quarentena, sala de avaliação clínica, sala cirúrgica, câmara frigorífica, sala de raio X, almoxarifado, vestiários para funcionários, cozinha com estrutura para higienização, armazenamento adequado e prepraro e distribuição de alimentos. Deverá haver outros blocos separados dos recintos apropriados a cada espécie de modo a não permitir contato entre as diferentes espécies e desta forma não estressar os animais em recuperação. Igualmente, o projeto prevê ambientes apropriados para répteis, primatas, aves, treino de aves, recinto fechado para mamíferos e área aberta para mamíferos e roedores de grande porte. As informações são do Portal do Governo de Mato Grosso do Sul.