A implantação das estradas no Pantanal pelo Governo de Mato Grosso do Sul não beneficia apenas o setor produtivo, mas, fundamentalmente, tem sua importância vital ao promover a inclusão do homem pantaneiro em pleno século 21, dando-lhe acesso à saúde e à educação ao romper o isolamento. Com esse posicionamento, o Sindicato Rural de Corumbá manifestou-se para reafirmar seu apoio ao projeto rodoviário para a planície, que favorece vários municípios.

“As estradas têm um grande apelo ambiental. Vai facilitar a fiscalização e monitoramento do nosso bem natural pelos órgãos ambientais e a rápida ação dos bombeiros na prevenção e combate aos incêndios florestais, cuja operacionalidade é quase impossível”, afirma o presidente da entidade, Gilson de Barros. “Hoje quem sofre um acidente no Pantanal não tem socorro à noite e precisa rezar para não morrer à espera do avião no dia seguinte.”

O dirigente reuniu-se com o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Hélio Peluffo, na companhia do secretário-adjunto de Desenvolvimento Econômico e Sustentável de Corumbá, Luciano Aguilar Leite, que representou a Prefeitura de Corumbá, para ratificar o apoio dos pantaneiros aos investimentos do Estado na planície. “Estradas são essenciais pelos fatores social, ambiental, turístico e econômico. Nossa gente vai ter mais cidadania com o básico, escolas e atendimento médico”, disse Barros.

O secretário-adjunto enfatizou que a iniciativa vai ao encontro do alinhamento político do prefeito Marcelo Iunes, com o Governo do Estado, nas ações que visam o desenvolvimento de Corumbá e da planicie pantaneira.

Isolamento

Corumbá é o maior município do Pantanal, que abrange grande parte dos 65 mil km² do seu território, e tem grande peso na produção de alimentos como segundo maior rebanho bovino do Brasil. Fazendo limite com oito municípios do Estado, de Porto Murtinho a Sonora, a Capital do Pantanal possui um cadastro de quase duas mil propriedades rurais na planície, a maioria situada nos trechos onde o Estado está implantando as novas rotas rodoviárias.

“A falta de acesso nos condena ao isolamento e dificulta a chegada de insumos e o direito de ir e vir das pessoas, principalmente na cheia”, exemplifica o presidente do sindicato rural. “Hoje para ter acesso ao Porto do Alegre, um dos principais da região do Paiaguás, já na divisa com Mato Grosso pelo Rio São Lourenço, são mais de dois dias de viagem na lancha de Corumbá. Com as estradas, repito, o Pantanal terá seu desenvolvimento sustentável e humanizado.”

Licenciamento

Para o secretário-adjunto de Desenvolvimento Econômico e Sustentável de Corumbá, Luciano Leite, a classe produtora pantaneira defende a serenidade dos projetos de infraestrutura para a região e cobra a continuidade das obras. Ele informou que a prefeitura local vai agilizar o mais rápido possível o processo de licenciamento ambiental que lhe compete, relativo à estrada de acesso ao distrito de Porto Esperança pela BR-262, para o rápido desbloqueio da obra.

“Precisamos garantir a continuidade dos serviços que estavam sendo feitos, cumpridas as exigências necessárias e adequações nos projetos, para que tenhamos a redenção no Pantanal”, disse o secretário. “Essas estradas vão trazer prosperidade aos pantaneiros, sobretudo na questão social, que afeta muitas famílias. A falta de escolas pela ausência do acesso é inadmissível no século que vivemos, a educação vai evitar também o êxodo rural.” As informações são da assessoria do Sindicato Rural de Corumbá.