Nesta segunda, dia 24 de julho, foi realizado no auditório da UFMS, evento alusivo ao enfrentamento ao tráfico de pessoas, instituído munidamente em 30 de julho.

 

Durante abertura, o Prefeito Marcelo Iunes reforçou a importância da união para o combate ao crime. “Infelizmente é crescente a expansão do tráfico de pessoas no mundo, um crime de natureza complexa e multifacetada. Nosso município é a porta de entrada para bolivianos que veem para o Brasil em busca de emprego, mas, na verdade, encontram trabalho análogo a escravidão. O presente evento é fundamental, para que juntos, os poderes executivo e judiciário, unam forças para o enfrentamento, combate, mas principalmente na proteção das vítimas”.

 

A Secretária de Assistência Social e Cidadania, Amanda Balancieri Iunes, conta que no âmbito do SUAS, o CREAS é o resposável pelo atendimento, a questão do tráfico de pessoas, está inserido no Serviço de Proteção Social Especial de Média e Alta Complexidade, portanto é no CREAS – Centro de Referência Especializado de Assistência Social que as vítimas são atendidas, acolhidas e acompanhadas. Para combater o trabalho escravo e o tráfico de pessoas é necessário a presença da rede intersetorial, articulada, integrada, multiprofissional, composta por diversas políticas públicas”.

 

Mato Grosso do Sul é o terceiro estado do país com maior número de vítimas do crime de tráfico de pessoas, segundo levantamento feito pelos Tribunais Regionais Federais (TRF). Os dados são referentes aos anos entre 2005 e 2012. Conforme o levantamento, grande parte das vítimas são indígenas que vivem na região de fronteira com Paraguai e Bolívia. Segundo dados do Ministério da Justiça, o estado só perde para Bahia e Pernambuco em quantidade de vítimas de tráfico.

 

Após a abertura, Daniel Chiaretti, Juiz Federal Substituto, ministrou palestra sobre “Migrantes Vulneráveis e Tráfico de Pessoas”.

 

O evento foi promovido pela Escola Superior do Ministério Público Estadual, em conjunto com o Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça dos Direitos Constitucionais do Cidadão, dos Direitos Humanos e das pessoas co Deficiência (CAODH), e em parceria com a Secretaria de Assistência Social e Cidadania, o Comitê Estadual de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e a OAB.

 

Fotos: Gisele Ribeiro