O prefeito Marcelo Iunes participou nesta quarta-feira, 13 de dezembro, da cerimônia em comemoração ao Dia do Marinheiro, realizada no 6º Distrito Naval. A data marca o nascimento do Patrono da Marinha do Brasil, Joaquim Marques de Lisboa, o Marquês de Tamandaré. A solenidade foi presidida pelo comandante do 6º Distrito Naval, vice-almirante Iunis Távora Said.
Marcelo Iunes afirmou que a Marinha é uma instituição extremamente importante para a região pantaneira. “A Marinha é parceira da Prefeitura nas ações de saúde, combate à dengue e nos ajuda junto à população ribeirinha. É importante comemoramos esta data ao lado desta instituição que nos ajuda bastante”, disse o chefe do Executivo Municipal.
Durante a cerimônia foi lida a Ordem do Dia do comandante da Marinha, almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen, referente ao Dia do Marinheiro. “Rememorar predicados de Tamandaré, Herói da Pátria e Patrono da Marinha do Brasil, ilumina o entendimento dos reptos suplantados e conquistas alcançadas pela Marinha até aqui. A correção dos atos do Marquês de Tamandaré, ao servir e honrar à sua Pátria, ajusta exemplo não só para legatários “Marinheiros”, mas para os que nutrem admiração e respeito pelo trabalho da Força Naval”, afirmou o almirante de Esquadra.
Também foi lida a mensagem do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro Filho, referente à data. “Tenho o orgulho e a satisfação de saudar homens e mulheres, que ao integrar a Marinha do Brasil, com seus trabalhos, se empenham para construir uma Força Naval cada vez mais forte, sempre solidária às demandas do nosso povo e comprometida com a soberania de nossa Nação”, disse o ministro.
Houve ainda a premiação do concurso de redação “Cisne Branco”. O aluno da escola Municipal Almirante Tamandaré, Marcos Vinícius Lima da Costa, foi premiado na categoria Ensino Fundamental (6° ao 9° ano). Também foi entregue a medalha do Mérito Tamandaré aos militares e civis que contribuíram com os objetivos da Marinha da Brasil. O secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, representou o Governo de Mato Grosso do Sul na solenidade.
História do Patrono
Desde o alvorecer do Brasil, sua história está entrelaçada ao mar. Pelos espaços marítimos chegaram os colonizadores portugueses e tantos outros povos que ajudaram a compor nossa identidade nacional. Também foi, pelo mar e águas interiores, escrita a história da consolidação da independência e da defesa dos nossos atuais contornos. Essas águas, nas quais sempre fomos vitoriosos, foram igualmente marcadas pelo sacrifício de nossos compatriotas, que ofereceram suas vidas em prol do Brasil.
Com essa visão, rendemos uma justa homenagem no dia 13 de dezembro, data do nascimento do Almirante Joaquim Marques Lisboa, à história de um dos grandes Heróis Nacionais, o Patrono da Marinha do Brasil, o qual dedicou, com plena devoção, 66 anos de serviço à Pátria.
Além da Guerra de Independência, onde esteve embarcado na Fragata Niterói, participando da perseguição à frota portuguesa que deixava a Bahia, destacou-se na Guerra Cisplatina onde recebeu o seu primeiro comando de navio com 18 anos de idade e, depois, se tornou um herói, participando de vários episódios importantes dessa guerra. No período Regencial, tomou parte ativa na pacificação de várias insurreições. Viveu, portanto, em um período muito importante da consolidação do Estado nacional.
Como Capitão de Mar e Guerra, foi o primeiro Comandante da Fragata a vapor D. Afonso, primeiro navio de guerra de grande porte com propulsão a vapor incorporado pela Marinha do Brasil. Em uma das provas de mar ao largo da cidade inglesa de Liverpool, salvou membros da tripulação e passageiros do navio Ocean Monarch, que levava emigrantes para os Estados Unidos da América. Já no Rio de Janeiro, ainda comandante da D. Afonso, conseguiu rebocar e trazer para dentro da Baía de Guanabara a Nau da Marinha de Portugal Vasco da Gama, que se achava desarvorada fora da barra, em meio a uma tempestade.
Como Almirante, comandou a Força Naval brasileira no Rio da Prata entre os anos de 1864 a 1866. No conflito contra o Paraguai, organizou toda a logística necessária para a manutenção dessa Força, e conduziu o início do bloqueio, estratégia que selou o destino do Paraguai. Tamandaré está entre o seleto grupo de brasileiros que contribuiu para resguardar o Brasil da desagregação e para a concórdia e paz do extremo norte ao extremo sul do Brasil.
Faleceu no Rio de Janeiro, então capital federal da República, em 20 de março de 1897, após uma longa vida dedicada à Marinha do Brasil. As muitas qualidades e, sobretudo, o caráter do Almirante Tamandaré, comprovado por suas ações, são exemplos, não somente para os bons marinheiros, mas para os brasileiros de todos os tempos; relembrá-las é um exercício de patriotismo e inspiração.
O exemplo de Tamandaré, pautado na Rosa das Virtudes, deve ser fonte permanente de inspiração, de modo a continuarmos honrando o seu legado de dedicação no cumprimento do dever. Com informações da Marinha do Brasil.