A Superintendência Municipal de Proteção e Defesa Civil de Corumbá realizou na última quarta-feira, 12 de abril, o “Seminário Orientativo para procedimento em hipótese de rompimento de Barragens de Mineração”, tendo como público alvo as comunidades residentes à jusante da barragem de mineração Gregório, a maior da região e distante cerca de 30 km do centro urbano, de responsabilidade da empresa MCR /J&F.
A reunião pública ocorreu na Sala de Instrução da Mina Santa Cruz e teve por objetivo ampliar o diálogo e apresentar para as comunidades o Plano de Ação de Emergência para Barragem de Mineração, contextualizando as condições estruturais de segurança, os instrumentos de monitoramento e controle, o dano potencial associado da mesma, os níveis de emergência, a mancha de inundação, a zona de auto salvamento, o sistema de alerta e alarme, as rotas de fugas e os pontos de encontros a serem utilizados em caso de emergência.
“O Seminário Orientativo tem cunho preventivo e preparativo, é parte do protocolo previsto em legislação e antecede o Simulado Prático que está sendo planejado para ocorrer em ato seguinte", afirmou Isaque do Nascimento, superintendente Municipal de Proteção e Defesa Civil de Corumbá-MS. Já nesta sexta-feira, 14, um simulado prático de colapso da barragem de mineração foi realizado na região onde está situada a barragem, cujo reservatório tem a capacidade de acumular cerca de 4.900.225,13 m³ de rejeitos de minérios.
O treinamento contou com a participação de órgãos estratégicos de nível municipal, estadual e federal, envolvendo todo o contingente da empresa mineradora e principalmente a população residente e localizada na trajetória da onda de inundação do rejeito.
“Cumpre destacar que esse simulado, dentro do ciclo de Gestão de Risco, traz consigo o fortalecimento da cultura da prevenção e da preparação para uma situação de emergência em barragem, pois permite colocar em prática procedimentos que possibilitam às famílias residentes na Zona de Auto Salvamento, que uma vez alertadas em tempo hábil, saber como agir para se salvar, se deslocando para uma área segura, em uma situação de sinistro, que enseje qualquer sinal de rompimento da estrutura da barragem, nesse caso registramos uma participação de 64% desses residentes”, ressaltou Isaque do Nascimento.
O seminário foi conduzido de forma compartilhada pela Superintendência Municipal de Proteção e Defesa Civil e pela área de Gestão de Emergência em Barragens da empresa mineradora MCR, com suporte técnico da H&P Instituto de Tecnologia e Desenvolvimento de Minas Gerais, empresa consultora e especializada em Gestão de Riscos e Impactos.